O palhaço, uma figura que
habita o imaginário coletivo das pessoas, geralmente é associado a criança,
como se sua atuação fosse destinada apenas para esta faixa etária. E muitas
pessoas dizem em alto e bom som, que “palhaço
é coisa de criança”, mas será que é mesmo?
E de que criança se está
falando?
É fato que todo palhaço é meio
bobo, desajustado, engraçado, não se enquadra dentro dos padrões, é quase
sempre muito colorido, excêntrico, as vezes ácido, as vezes doce, mas sempre
movido por uma inocência e uma crença nas coisas e uma surpresa com tudo, que é
muito característico das crianças. As crianças se identificam com esta figura, se
identificam com sua falta de habilidades para ser sério.
Mas é sempre bom lembrar, que
como todos fomos crianças um dia, esta energia infantil que o palhaço traz a
cena, fala também para a criança que fomos. Interage conosco e transforma nosso
olhar para o mundo que nos rodeia. O palhaço nos lembra como é bom brincar, nos
lembra que não há necessidade de sermos sérios o tempo todo, nos lembra de nos
surpreendermos com as pequenas coisas e de nos encantarmos com a possibilidade
de vida e de morte em cada momento da vida.
Neste caso, acho que palhaço é
coisa mesmo de criança, daquelas que já foram e daquelas que ainda são. Mas
palhaço é coisa de gente grande, porque ele é gente grande também, só que com
um olhar torto e desviado da criança. Aparece e desaparece da nossa frente, mas
se mantém intacto no nosso imaginário, como figura que nos trás alegria! E
vamos combinar, alegria é essencial para todas as idades, tamanhos, crenças e
opções na vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário